CONJUNTO JUSCELINO KUBITSCHEK

ANO: 1952

PAÍS: BRASIL

DESCRIÇÃO:

O projeto foi feito em 1952 pelo arquiteto Oscar Niemeyer, e o cálculo estrutural coube ao engenheiro Joaquim Cardozo.[2] A construção foi feita pelo empresário Joaquim Rolla, com recursos doados pelo então governador Juscelino Kubitschek.

A inspiração para a obra partiu dos falanstérios, concebidos por Charles Fourier no século XIX. No edifício deveriam funcionar, de acordo com o projeto original, um museu de Arte Moderna, repartições públicas e residências para alguns de seus funcionários, além de comércio e serviços. Uma grande área de lazer facilitaria o trânsito dos seus moradores dentro das dependências do próprio prédio.

Constituído por dois blocos, o complexo conta com um edifício de 23 andares, com frente para a Rua Timbiras, e outro de 36 andares, com a frente voltada para a Rua Guajajaras. Este, com 100 m de altura, é o 4º mais alto da capital mineira, embora seja frequente que se atribua a ele equivocadamente o primeiro lugar, que pertence ao Edifício Acaiaca, o 128º no ranking dos mais altos do Brasil, e que tem 120 m de altura[carece de fontes], apesar de ter menor número de andares (30).

Vista dos blocos B e A do Edifício JK, em Belo Horizonte

No projeto original, consta uma passarela interligando os dois edifícios pelo 5º andar, o que foi embargado pela Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. No total, cerca de cinco mil moradores habitam as 1068 unidades[4] existentes nos dois blocos do complexo.

No interior aloja diferentes tipos de apartamentos, entre estes o modelo “semi-duplex”, que pretendia ser uma inovadora proposta de habitação na época, desenvolvido com a técnica projetual do planejamento em seção.

Várias foram as expectativas quanto aos usos do prédio durante a época de sua construção, que consumiu mais tempo do que o previsto, e que atrasou sua inauguração com destinação residencial, que só começou em 1968. Na época da sua abertura, o JK seria um apart-hotel com alguns apartamentos de luxo.

Atualmente, as fachadas dos dois blocos do complexo estão em reforma.

O edifício foi construído no local onde havia funcionado, até 1938, uma antiga sede da então Escola de Aprendizes Artífices de Minas Gerais[nota 1], demolida em 1943, por ordem do então prefeito Juscelino Kubitschek, para expansão e urbanização da Praça Raul Soares.

Desde 1984 está instalado no local o Terminal turístico JK.

Em 2020, um grupo de moradores forma o coletivo Viva JK, que ganha destaque na imprensa nacional e internacional com projeções noturnas na empena do bloco B, transformando o conjunto JK num dos símbolos da luta contra o coronavírus em Belo Horizonte.